quinta-feira, 5 de maio de 2011

Quase 10 anos depois...

Em uma manhã de Setembro, finalzinho de verão, já começa a sentir-se a mudança climática e as preparações da natureza para a chegada do Outono nos Estados Unidos. Como de costume, me levantei, me arrumei e comecei a dirigir em direção ao trabalho.

No rádio, ouvia-se dizer de um acidente horrível de um avião que se chocava contra uma das torres do World Trade Center. Até então não se sabia que tipo de avião era nem o tamanho, nem se era privado ou comercial. Pensei que era um destes pilotos amadores sem experiencia voando entre os arranha-céus de Nova York como os de algumas celebridades que saem por ai pilotando ainda sem saber e terminam por ter um acidente.

Não se passaram muitos minutos, eu ainda estava a caminho do trabalho quando ouvimos no rádio então de que outro avião havia agora atingido a segunda torre. O reportér disse ainda que se tratavam de aviões comerciais. Entrei no escritório e ainda não havia ligado o computador quando alguém passou chamando a todos para se reunirem em uma sala onde havia TV. Ali víamos um pouco mais de detalhes e o reportér anunciando que se tratava de um ataque terrorista à nossa nação.


Alguns minutos depois, imagens de pessoas se lançando ao chão trazia horror, choro, desespero... não muito depois disto uma das torres desaba, mais uns instantes, e a segunda torre desaba...

Notícias de que um outro avião acabara de cair e bater no pentágono. Ainda outro estaria talvez em direção à Casa Branca, notícias de que talvez outros 20 aviões poderiam fazer parte do plano de ataque e estavam ainda nos ares. Conversas de que as forças armadas estariam considerando derrubar estes aviões com mísseis.

Todos os aviões em direção ou sobrevoando o espaço aéreo americano deveriam pousar ou seriam derrubados.

Caças começam a sobrevoar o país.

Desespero total.

Assim foi Setembro 11

Tudo mudou – a cada dia, semana, mês e ano depois desta data, mudanças começaram a acontecer que transformaram todos os aspectos desta sociedade e no mundo.

Hoje ninguém viaja sem passar por estritas regras de verificação nos aéroportos, fronteiras, portos...

Começamos, a maioria pela primeira vez, escutar sobre AlQaeda, Jihad, Bin Laden, Talibã.

Começa uma caçada – ouvimos que o ataque tinha sido perpetrado por Bin Laden, da Al Qaeda que estava sendo protegido pelos Talibãs, do Afeganistão. Vamos à guerra contra eles – o sentimento nacional era o de ir a qualquer preço e caçá-lo. 100% da nação apoiou a guerra.

Daqui a pouco, enquanto bruscas mudanças ocorrem aqui – código de alerta nacional de perigo em cores, criação de uma super agência federal que abarcaria as maiores principais agencias do país, etc Surge então na desenfreada caçada à Bin Laden e Al Qaeda uma nova fronte – Iraque.

O governo vê no Iraque uma necessidade de se invadir e derrubar o já conhecido Sadam Hussein acusando-o de proteger e dar guarida e suporte aos do Al Qaeda além de possuir armas de destruição massiva.

As guerras passaram a ser o principal assunto – nada se falava sobre o resto.

Os anos foram passando e nada de Bin Laden – diversas vezes quase o pegamos... As razões sobretudo usadas pela ofensiva do Iraque trouxeram a crise da informação mentirosa ou equivocada das tais armas de detruição massiva que jamais foram encontradas. Isto gera um mal estar, uma crise nacional e internacional que põe o governo dos Estados Unidos numa delicada situação.

A crise econômica atinge o país quase 7 anos depois e afunda o país numa das maiores senão a maior crise da história moderna dos EUA.

Isto custa ao partido governista do momento – O Partido Republicano – a maioria dos assentos no senado e na camara federal, e custa também a presidencia para o partido rival os democratas devido ao desgaste de Bush.

Surge Obama, Senador novato, sensação nacional política – com cara e jeito de salvador da pátria.

A economia continua a piorar – as dúvidas com relação à guerra ou guerras – a pressão – e nada ainda do elusivo Bin Laden...

Quase 3 anos depois de assumiro governo, ele mesmo já desgastado pela não recuperação do país, Obama vem a público em uma madrugada de Segunda Feira – nos últimos minutos de Domingo e primeiros momentos de Segunda aqui no Brasil do dia 1 a 2 de Maio é anunciado a morte de Bin Laden.

As ruas de Nova York e outras cidades se encheram de pessoas. Obama estava em seu pronunciamento realmente como um Presidente – se nunca antes ele pareceu ser o Presidente dos EUA. Ninguém duvida que naquela hora ele pareceu. Encheu de orgulho a nação, provou que pode ser sim comandante em chefe.

O povo pergunta, e a foto? Eu respondo – a captura e morte ocorreu, EUA não devem ter que mostrar nada, estão certos de que realmente tal foto causaria problemas entre os islâmicos.

Que mostrem a AlQaeda que seu chefe está vivo – que tratem de desmentir os EUA.

Devemos parar com a idiotice de que só quem tem que seguir regras são os que estão agindo corretamente.

Também discordo dos países árabes que estão permitindo manifestações sobre Bin Laden – ele era terrorista – cade agora a posição destes governos de que não apoiam este tipo de comportamento? Hora da verdade.

Demorou mas justiça na medida do possível aconteceu – verdade que não trarão os que se foram mas, nos dá um alívio de que o idealizador do ataque recebeu o que merecia e o que pediu.

Voce pergunta, mas apoiar a retirada de uma vida não é condizente com o Cristianismo – e eu respondo mas justiça é...

Parabéns Navy Seals, Parabéns CIA, Parabéns Obama, Parabéns USA. Estamos orgulhosos!

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