domingo, 24 de abril de 2011

CGADB - Cuiabá 2011

A CGADB se reuniu em Cuiabá para tratar de diversos assuntos em mais um conclave. Este ano, porém, o ano do centenário, o tema da festa certamente norteia de certo modo a pauta das plenárias.


Entretanto algo a mais ocorreu neste conclave e, se trata da pessoa do Pastor Samuel Camara e suas declarações.

Postado em um vídeo no YouTube, o Pastor Samuel aparece em plenária dirigindo-se diretamente ao Sr. Presidente da CGADB bem como à mesa em geral.

Em suas alegações, afirma em outras palavras, estar sendo vitimizado ou punido pela casa por ser oposição.

Ao ter seu pedido de reconhecimento de sua convenção negado por motivo segundo ele, baseado nas colocações do Sr Presidente da CGADB que se aferiu à moralidade dos membros de tal convenção como sendo formada por arruaceiros e desviados entre outros adjetivos.

O Pr Samuel então fazendo uso de seus direitos afirmou que tais declarações sobre a moral dos membros da convenção que preside e que estava tentando obter reconhecimento oficial deve ser evidenciada e o ônus de apresentar evidencias cai sobre os ombros de quem qualificou estes membros com os tais adjetivos, no caso, a pessoa do Sr. Presidente da CGADB teria a responsabilidade de apresentar evidencias de suas declarações.

Ainda prosseguiu defendendo-se do que pareceu ser uma discussão de cunho pessoal, resquício ainda da disputada eleição à presidência no conclave geral anterior.

Terminou falando sobre o Pr. Santana e seu martírio por parte da CGADB e, ao final apresentou de maneira rápida o esfacelamento da CGADB como um todo.

Várias vezes tentaram cortar o microfone do pastor Samuel e até mesmo o presidente da mesa pediu que permitissem ele continuar.

É vergonhoso o estado da CGADB em pleno ano de centenário – nunca creio eu – estivemos tão desunidos como convenção geral como agora. Minha sugestão seria a destituição do atual sistema e ofícios bem como seus ocupantes e o estabelecimento de um alto comissionado executivo formado pelos pastores presidentes de convenções que se alternariam como presidentes da denominação em forma de rodízio. Desta forma, a presidência nunca ficaria vitalícia nem prisioneira à ninguém e levaria, por exemplo, 40 anos para a presidência retornar a um mesmo presidente antes de que este possa presidir novamente (isto usando um modelo de que haveriam 10 convenções – sabemos que o número total de convenções não é este – este número é usado somente para fins de opinião)

Haveria espaço aberto para oposição e, os presidentes que se alternassem continuariam o trabalho do anterior pois os planos e projetos seriam determinados pelo alto comissionado formado então por todos os presidentes regionais. Desta forma não haveria a possibilidade de que um presidente não continuasse o bom trabalho do anterior.

Mas esta é uma ilusória utopia pois no Brasil, presidente geralmente é vitalício. Existe uma geração inteira que nunca chegará lá pois são a geração do vácuo – tipo o príncipe Charles da Inglaterra que poderá ser somente um rei de transição já que o país inteiro já sonha com o príncipe Williams como rei e não Charles pois seu tempo parece já ter passado.

Seja como for, creio que independente de opiniões, pelo menos o Pastor Samuel trouxe o assunto em plenária, apesar de que, cada qual luta com as armas que possui.

Na minha opinião pessoal, creio que seria agora a hora de repensarmos nossa estrutura. Não há mais este negócio de fidelidade denominacional e não se pode mais enganar dizendo que se discordar do presidente – um raio vai cair na cabeça e o meliante vai morrer fuminado por ter se oposto ao chefe...

Creio que uma oposição saudável deve existir, creio que uma prestação de contas responsável deve ser norma de conduta nesta casa, creio que uma maior rotatividade e variedade dos cargos oficiais deva existir (me refiro a existência de cargos que se perpetuam entre aliados da atual administração e/ou perpetuação de cargos por favores ou parentesco), creio na aplicabilidade e observância das regras para todos e não somente para alguns, creio no fim da parceria intencional que favorece a uns e prejudica a outros.

Outro dia, em uma convenção do nordeste, o mensageiro da paz incluiu todos os nomes dos preletores da festa da tal convenção e excluiu um único nome – aparentemente por questões de gosto.

Vivemos uma convenção cheia de defeitos que jamais deveriam existir numa convenção centenária. E aí? O que vamos fazer? Esperar mais esfacelamento? Pastores presidentes regionais pensem nisto pois se a onda pega e continua, breve, breve bem aí na sua convenção um tsunami se aproxima. Lamentável...

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